Por Débora Carvalho Meldau 5v3y2r
Proteinúria é a perda exacerbada de proteína pela urina, especialmente a albumina. Esta é uma proteína presente no plasma sanguíneo, fabricada pelo fígado, resultante do metabolismo de alimentos protéicos, como carnes, ovos, leites e seus derivados. A taxa sanguínea normal dessa proteína encontra-se entre 3,5 a 4,5 g/dl. Ela é de extrema importância na manutenção da circulação normal dos líquidos dentro dos vasos, e também, na conservação do estado nutricional.
A perda de proteína pela urina é um achado comum em várias doenças renais, podendo ser discreta, quando há a perda de apenas alguns miligramas de proteína por dia, ou mais intensa, quando há a perda de vários gramas de proteína por dia. Quando a perda de proteína pela urina ultraa 3,5 gramas por dia, recebe o nome de proteinúria nefrótica.
A proteinúria pode ter quatro etiologias distintas. São elas:
- Origem glomerular: são as proteínas de peso molecular normal, como albumina, transferrina, gamaglobulinas (IgG e IgA), microglobulinas e outras que atravessam a membrana filtrante do glomérulo. Quando há alguma alteração nessa membrana, ocorre a eliminação de proteínas na urina.
- Origem tubular: são as proteínas secretadas pelo túbulo renal proximal, especialmente lisosimas e microglobulinas.
- Proteínas secretadas pela parede do trato urinário: pelve renal, ureter, bexiga e uretra.
- Superprodução de proteínas de baixo peso molecular que se acumulam no plasma sanguíneo, mas como são pequenas, atravessam o filtro. Como estas são produzidas em grande quantidade, ultraam a capacidade de absorção renal, sendo completamente eliminadas juntamente com a urina. Um exemplo típico é a proteína de Bence-Jones (imunoproteína), mas também mioglobinas e amilases.
A proteinúria não causa sintomas e é o primeiro sinal de doença renal em pacientes diabéticos. A sua presença é um sinal de lesão renal precoce e indica maiores chances de desenvolver insuficiência renal crônica.
Quando há a suspeita de proteinúria, o médico deve investigar para determinar se ela é persistente ou funcional. Uma proteinúria é considerada persistente quando é observada em pelo menos duas amostras de urina dentro de um período de 30 dias e geralmente está associada com uma patologia renal subjacente. As proteinúrias funcionais podem ser transitória ou ortostática, sendo detectadas em amostras urinárias ocasionais ou quando o paciente encontra-se na posição ortostática (em pé). O seu significado clínico é duvidoso.
O tipo de proteinúria pode ser identificada por meio da eletroforese ou imunoeletroforese das proteinúrias urinárias. Mesmo que esses métodos sejam necessários em determinados casos, ele é dispendioso e não está disponível em muitos laboratórios. Uma forma simples e mais ível de identificação do tipo de proteinúria é por meio da comparação da proteína detectada pela fita de imersão com aquela observada pelo método turbimétrico, onde há o emprego do ácido sulfossalicílico, que é capaz de determinar qualquer tipo de proteína na urina.
A proteinúria persistente e permanente pode ser:
- Leve (até 1,0g/24h);
- Moderada (1,0-3,5g/24h);
- Maciça (superior a 3,5g/24h/1.73 de superfície corporal)
A principal conseqüência das proteinúrias maciças é o edema. A perda de proteína plasmática também resulta em desnutrição acompanhada de todas as suas complicações.
O tratamento consiste na reposição do valor protéico e na investigação da causa da perda de proteínas. Como depende da etiologia da proteinúria, os tratamentos são variados.
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?350
http://pt.wikipedia.org/wiki/Protein%C3%BAria
http://www.conhecersaude.com/adultos/3096-proteinuria-albumina-na-urina.html
http://www.mdsaude.com/2008/11/proteinria-urina-espumosa-e-sndrome.html
http://www.biotecnicaltda.com.br/informes/Proteina_Urinaria.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676-24442010000300002&script=sci_arttext
Texto originalmente publicado em /doencas/proteinuria/